quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A DISTÂNCIA ENTRE AUTOR E LEITOR NA CADEIA PRODUTIVA DO LIVRO

“Encontramos um Rimbaud tatuado em cada lan house alimentando um blog ou escrevendo versos no Orkut. Um Rimbaud que precisa ser educado por uma realidade onde o livro não seja um mero produto de prateleira, vendido no peso da capa, como mercadoria que hoje disputa espaço com pacotes de feijão e arroz e farinha nos supermercados.”
Ultimamente, nas discussões sobre a cadeia produtiva do livro e as políticas públicas de acesso ao livro e a leitura, nos deparamos com alguns paradigmas que precisam ser superados. O primeiro deles é que a existência de políticas públicas para o livro e para a leitura deva ser a salvação de uma “lavoura arcaica” tão irrigada quanto o mercado do livro. Precisamos não confundir as coisas. Quando falamos em políticas públicas para o livro e para a leitura, precisamos estar atentos a um fator determinante neste debate: quase sempre quem dá o ponta-pé inicial para a cadeia produtiva do livro e da leitura (o escritor ou a escritora) fica fora do debate.
texto: Lau Siqueira
fonte: Poemas de Mil Compassos

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