VIDA

A vida é indivisível em capítulos, a não ser pelos
romancistas.
Vida, aprendizado sem conclusão de curso.
Viver não é nada; continuar vivendo é que constitui
ato de bravura.
A certa altura da vida não vale a pena acreditar
que alguma coisa valha a pena.
Pode-se comparar a vida a um livro escrito em
língua que jamais aprenderemos.
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Quanto mais aprendo, menos vivo.
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Viver é aprender e esquecer o que aprendemos.
O nascimento é um dado, a morte outro, mas o
banco de dados não tem programação.
Há dias em que a vida é indiferente, e a indiferença
uma felicidade.
Supomos estar vivos, mas quem nos garante, a
não ser os outros que supõem a mesma coisa?
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O sentido da vida é buscar qualquer sentido.
Uma das injustiças da vida é a responsabilidade
por estar vivo.
Viver é esforço, voluntário ou não, para executar
a tarefa que ninguém nos atribuiu.
("O avesso das coisas" - Carlos Drummond de Andrade)